Quais os desafios de administrar uma empresa familiar?
A gestão de uma empresa é uma tarefa complexa que depende de diversos fatores e, quando a família está envolvida, os desafios são ainda maiores. Assim, a administração de uma empresa familiar demanda um planejamento ainda mais completo e políticas internas bastante rígidas para evitar que disputas internas prejudiquem os negócios.
Uma empresa familiar é aquela que, desde a sua fundação, é administrada por membros de uma mesma família, com ou sem a colaboração de outros profissionais. Esses membros podem atuar de maneira direta ou indireta na empresa, seja definindo estratégias, participando da tomada de decisões ou agindo como consultores do quadro diretivo.
Um fator importante para este modelo de negócio é a possibilidade de sucessão familiar, ou seja, o cargo pode ser passado de uma geração para outra.
Por isso, entre as principais dificuldades da administração estão a preparação de sucessores, delegação de tarefas e conflitos intergeracionais, que interferem tanto nas relações pessoais quanto profissionais.
Confira os principais desafios da administração de um negócio familiar:
1 - Profissionalização da família
Grande parte dos gestores pretendem passar os cargos C-level para os membros mais novos da família, mas, para isso, é importante que os mais jovens recebam o treinamento necessário para continuar a administração do negócio.
Este fator pode ser a causa de diversos desentendimentos entre pais e filhos ou sobrinhos e tios, já que a geração anterior nem sempre vê a próxima como capacitada para a gestão.
Por isso, é importante que os mais jovens demonstrem sua capacidade técnica na área e continuem aperfeiçoando suas habilidades ao longo da vida, como todos os colaboradores.
Nesse cenário, é importante que a produtividade e os resultados sejam acompanhados e que haja um limite claro entre as relações pessoais e profissionais.
2 - Inovação
Um dos maiores desafios deste modelo de negócio é a adoção da inovação, pois costuma haver uma certa resistência à adoção de tecnologia no dia a dia.
Por isso, muitas empresas familiares tendem a ter uma administração mais tradicional e centralizada, o que pode impactar em sua competitividade.
A utilização de ferramentas tecnológicas ajuda a automatizar processos, otimizar o tempo dos profissionais e aumentar a produtividade dos negócios de maneira geral.
Assim, ao buscar a inovação nos processos internos e investir em novas tecnologias, a empresa consegue se manter relevante e aberta às novidades do mercado.
Em geral, é neste momento que são contratados profissionais externos com novas habilidades, técnicas e uma perspectiva diferente sobre os negócios familiares, o que ajuda no crescimento e desenvolvimento da organização.
3- Plano de sucessão
A transição da gestão dos fundadores para a segunda geração é um dos principais motivos que levam ao fechamento de empresas familiares.
Por isso, é importante contar com um plano de sucessão efetivo que considere diversas estratégias e soluções adequadas a cada caso.
O primeiro passo para superar esse desafio é identificar, dentro da empresa, o sucessor com maior aderência ao cargo de liderança estratégica.
Depois, é importante criar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) para orientar o processo como um todo e ajudar na adaptação do novo gestor.
Para isso, é fundamental que o plano de sucessão seja realizado por profissionais especializados em recrutamento e seleção de pessoas para poder avaliar o perfil dos candidatos e ajudar o sucessor a melhorar seu desempenho no cargo.
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