Síndrome do impostor: o que é e como combatê-la?
Sentimento de não pertencimento, autossabotagem, baixa autoestima e excesso de autocrítica são alguns dos sinais de alerta para a síndrome do impostor. Embora não seja uma doença, envolve sentimentos de insuficiência e medo geralmente ligados à carreira profissional.
A síndrome de impostor está ligada às capacidades, habilidades e sentimento de não merecimento, de modo que a pessoa acredita que suas conquistas não são fruto de seu próprio mérito.
Essa condição é cada vez mais comum no meio corporativo e atinge profissionais de diversos setores e níveis gerenciais, por isso é importante ter um ambiente de trabalho saudável e ajudar os colaboradores a lidarem com a síndrome.
O que é síndrome do impostor?
A síndrome do impostor é considerada uma desordem de autopercepção, caracterizando-se por pessoas que criam uma percepção de si mesmas como incompetentes ou insuficientes.
Por mais que a pessoa alcance resultados positivos, ela sente que é uma fraude e que não é boa o suficiente.
Esse quadro envolve diversos sentimentos de baixa autoestima e insegurança, fazendo com que o colaborador não consiga perceber seus próprios méritos, acreditando que suas conquistas são fruto de sorte ou de outro fator.
A síndrome tem esse nome, pois, geralmente, as pessoas sentem que são fraudes e vivem em constante medo de serem “pegas” como “impostoras”.
Em geral, a falta de autoconsciência, autoconhecimento e uma percepção distorcida da realidade pode prejudicar os profissionais no ambiente de trabalho, tornando-se não apenas um problema individual, mas também organizacional.
Alguns sinais da síndrome do impostor são:
- Rejeição a elogios;
- Baixa autoestima;
- Sentimento de não pertencimento;
- Autossabotagem;
- Autodepreciação;
- Autocrítica excessiva;
- Comparação;
- Medo de se expor;
- Desejo de agradar a todos;
- Sobrecarga e consequente queda de produtividade;
- Excesso de perfeccionismo;
- Atribuição do sucesso à sorte ou outros fatores.
Como essa síndrome afeta o trabalho e o desenvolvimento de carreira?
A síndrome do impostor costuma acometer ambos os gêneros, mas um estudo da Universidade Dominicana da Califórnia mostrou que 70% dos profissionais que apresentaram sintomas relacionados a essa condição eram do sexo feminino.
Isso acontece devido ao acúmulo de funções profissionais, pessoais e relacionadas ao lar, de modo que as mulheres sentem-se sobrecarregadas e com a sensação de que não conseguirão fazer tudo o que precisam.
Além das consequências para a vida pessoal, essa síndrome também afeta negativamente a carreira, pois prejudica a produtividade, a gestão de tempo e a capacidade de liderança.
Em geral, as pessoas com este quadro buscam estar sempre disponíveis para sua equipe e os líderes, mesmo com o medo de não fazer uma entrega perfeita.
Com essa má gestão do tempo, o profissional fica ainda mais inseguro e precisa de um esforço muito maior para cumprir suas demandas.
Ao mesmo tempo em que quer dar conta de todas as tarefas, a pessoa não se sente apta para isso e acaba procrastinando, causando a queda de produtividade.
O resultado disso a longo prazo é o esgotamento mental, pois toda a energia do profissional é direcionada para combater esses sentimentos negativos e conseguir cumprir suas atribuições básicas.
Por isso, as empresas estão investindo cada vez na saúde mental dos colaboradores, pois um ambiente de trabalho agradável com relações saudáveis entre as pessoas é uma das principais maneiras de combater essa questão.
A empresa também deve saber como identificar quando algo não vai bem com algum colaborador, oferecendo ajuda profissional necessária para que ele possa encontrar um equilíbrio saudável.
Uma forma de fazer isso é criar uma cultura de feedbacks constantes, o que é uma forma de celebrar conquistas e direcionar o aprimoramento do colaborador.
Assim, por meio de ações direcionadas, é possível aumentar o engajamento e combater a síndrome do impostor, que pode levar ao aumento da rotatividade da empresa.
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